INCÊNDIO NO EDIFÍCIO JOELMA
OUTRA GRANDE TRAGÉDIA OCORRIDA NA DÉCADA DE 70, ATÉ A TRAGÉDIA EM SANTA MARIA - RS, ERA A MAIOR POIS 180 PESSOAS MORRERAM.
Em 1971,
logo após o término de sua construção, foi alugado como sede do Banco
Crefisul de Investimentos, e na manhã de 01 de Fevereiro de 1974, uma
sexta-feira que não parecia em nada diferente de tantas outras, um
curto-circuito no sistema de ar-condicionado do 12o Andar ocorrido às
08:54 da manhã causou uma labareda que em minutos se espalhou por vários
andares, onde divisórias e móveis de madeira serviram como
combustível.
Fotos retiradas do site Geoportal, que mostra fotos comparativas da cidade de 1958 e 2008
Na primeira foto, de 1958, pode-se ver a casa da Rua Santo Antônio, que ainda não tinha sido demolida
Abaixo, a foto de 2008, já com o Edifício Joelma no mesmo lugar
800 funcionários do Banco de Investimentos Crefisul trabalhavam no Joelma
A falta de
escadas de incêndio fez com que a única via de saída fossem os
elevadores, que pararam depois de algumas viagens, deixando totalmente
isoladas centenas de pessoas, que desesperadas subiram para a cobertura
do edifício, esperando que os helicópteros de salvamento pudessem
resgatá-los, repetindo o que acontecera no grande incêndio do Edifício
Andraus, dois anos antes.
Desespero nas tentativas de resgate por helicópteros
Neste momento, mais de 20 pessoas já haviam pulado para a morte
Mas o Joelma
não possuía Heliponto, e o calor e entulho na cobertura não permitiram o
pouso no teto do edifício. Somente depois de mais de 2 horas as chamas
foram controladas, e um dos helicópteros pôde tentar pairar no ar
enquanto os resgates eram feitos. Os bombeiros paulistanos, heróicos mas
extremamente mal equipados, salvaram muitas vidas.
Cena real do incêndio do Joelma
Problemas sérios de segurança em um prédio com menos de 3 anos
Enquanto o
Joelma ardia, dezenas de pessoas desesperadas pelo sufocamento e calor
que chegou à quase 100 graus pulavam para a morte, perante milhares de
curiosos que acompanhavam todo o incêndio, que foi filmado em seus
detalhes mais sórdidos.
Foto tirada pelo hoje famoso fotógrafo Pedro Martinelli
Em 1974, ele morava no Edifício Copan, próximo ao Joelma
O saldo
final da tragédia foi de 187 mortos (algumas fontes citam outros
números, sempre próximos a 180) e mais de 300 feridos entre as 800
pessoas que estavam no prédio. Uma em cada 4 pessoas que entraram no
Joelma naquela sexta-feira nunca mais voltaram para casa.
Milhares de curiosos observaram a tragédias nas ruas do centro da cidade
É no mínimo
curioso que duas tragédias terríveis numa "megalópole" como São Paulo
tenham ocorrido no mesmo endereço. Depois da tragédia, o Joelma ficou 4
anos fechado para uma reforma completa, e reaberto em 1978, com o nome
de Edifício Praça da Bandeira, que até hoje abriga escritórios
comerciais. Depois do Joelma, as construções no Brasil passaram a ter
regras de segurança bem mais rígidas.
O Joelma, ou melhor, Edifício Praça da Bandeira, em foto do início dos anos 80
Porém, se
você conversar com os vigias noturnos, visitantes e entregadores, ouvirá
histórias sinistras de gritos, choros e aparições ao longo dos últimos
37 anos.
Edifício Joelma: tragédia ou maldição ?
Dia 05 de Novembro de 1948. Na casa localizada na Rua Santo Antônio,
número 104, na região onde hoje fica a Praça da Bandeira, o Professor de
Química da Universidade de São Paulo, Paulo Ferreira de Camargo, que lá
morava com a mãe e duas irmãs, informava seus amigos que ficaria
ausente por alguns dias, pois faria com a família uma viagem para o
Paraná.
Alguns dias depois, Paulo mandou a triste notícia de que a mãe e as duas
irmãs haviam falecido em um acidente numa estrada próxima a Curitiba.
Porém, a falta
de um funeral, a ausência de informações sobre o acidente, e a
relutância de Paulo em informar o local de sepultamento aos familiares
começaram a gerar desconfiança sobre a versão do professor.
Quando a
polícia foi informada de que ele tinha iniciado a construção de um poço
meses antes, sob alegação de que precisava de água não clorada para
algumas "experiências", e que fizera algumas perguntas a colegas da
Universidade sobre quais os produtos químicos mais adequados para a
corrosão de um cadáver, os oficiais perceberam que precisariam fazer uma
visita à casa da Rua Santo Antônio.
Quando o poço foi aberto, o que se viu foram as três vítimas jogadas com
as cabeças envoltas em sacos. Estava comprovado que Paulo havia armado
um plano para livrar-se de sua família sem deixar vestígios. Preso em
flagrante, ele pediu para ir ao banheiro antes de ser levado à
delegacia, e aproveitando um descuido de sua escolta, suicidou-se dentro
de sua própria casa.
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O Poço construído pelo Professor Paulo nos fundos de sua residência
Os corpos da mãe e duas irmãs assassinadas e jogadas no poço
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