Eduardo Campos reconhece como legítimo o projeto nacional do PSB
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), preferiu não fazer
juízo de valor sobre o comentário do deputado federal Beto Albuquerque
(PSB/RS) sobre um possível "prazo de validade" da permanência do partido
na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT). Campos defendeu que a
postura do seu co-partidário é legítima, mas que ele discorda.
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| Foto: BlogImagem |
"Eu poderia ajudar o projeto nacional do PSB como partido, que é
legítimo", afirmou, sobre a "pressão" para que se lance logo como
pré-candidato à presidência da República. "Mas o Brasil não será ajudado
com disputas de chapa, discussões de montagem de palanque regional",
completou, descartando a possibilidade de "começar a campanha" tão cedo.
"O Brasil precisa voltar a crescer, gerar emprego, o pacto federativo
precisa voltar a funcionar de maneira mais ativa. E é isso que vou
fazer", disse o governador, mantendo seu discurso de que está com Dilma
"para ajudar". "Durante esses dois anos o PSB está entre os partidos que
mais ajudaram Dilma. E vamos ajudar neste ano tão desafiador",
completou.
Enquanto vários dos seus aliados afirmam semanalmente que o governador
de Pernambuco se lançará candidato a presidente da República, ele sai
pela tangente. Mas nos seus discursos ele sempre destaca o quão o PSB já
"ajudou o PT" e foi fiel a este campo político. Não quer levar o nome
de "traidor", tal qual aconteceu no Recife. Nacionalmente as
consequências podem ser bem mais fortes. No Recife, a imagem mais forte
do PT é o rejeitado ex-prefeito João da Costa. Mas ser visto como
traidor dos populares Lula e Dilma Rousseff tem efeito bem mais forte na
opinião pública.
Portanto, Eduardo ressaltou seguiu ressaltando a "fidelidade" do PSB ao
PT. "(Em 2010) renunciamos o direito de ter candidato no primeiro turno,
para eleger Dilma, que foi a tese de Lula. A gente nem sabia se iria
conseguir, mas seguimos a orientação de Lula, que coordenava a
sucessão", lembrou. "Estamos diante de um momento especial. Ajudamos
desde o início na construção de um projeto para melhorar a vida dos
brasileiros. O nosso partido (PSB) em história de participar de alianças
no mesmo campo político desde a redemocratização", afirma o gestor.
E a elogiosa declaração de Beto Albuquerque, claro, é respeitada. "Foi a
avaliação que fez o Beto Albuquerque. Existe o debate perlamentar. Se
eles já querem fazer um debate sucessório, eu respeito. Mas não vou
fazer isso", avisa.
O governador pernambucano tem encontro marcado com a presidente Dilma
Rousseff no próximo dia 18. Ele afirmou que a chegada da petista em
Serra Talhada está marcada para as 9h30, onde os dois devem se reunir
para acertar os detalhes do ato.
LULA - Sobre o encontro que deve ter com Lula, marcado para
"depois do Carnaval", Eduardo não confirmou data e nem conteúdo. "Eu
estou com medo que os jornais publiquem a conversa antes de termos o
encontro", brincou. "Vou esperar o jornal de amanhã para ver o que Lula
vai me dizer".
Fonte: Blog do Jamildo
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