Câmara faz audiência pública para discutir proibição de emagrecedores

Anfetaminas ultrapassaram cocaína e heroína na listagem da ONU. (Foto: Reprodução / TV Globo) 

Brasil era o segundo maior mercado de anfetamina
do mundo até 2011 (Foto: Reprodução/TV Globo)
A Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados promoveu terça-feira (9),  uma audiência pública para discutir os prós e contras de uma possível volta ao mercado de remédios emagrecedores à base de anfetamina, proibidos há um ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão começou a valer desde dezembro, e tem sido motivo de polêmica na área médica.
Na época, a Anvisa também exigiu um maior controle sobre a venda dos inibidores de apetite à base de sibutramina. Em relação aos remédios vetados, chamados anorexígenos, a agência concluiu que eles trazem mais riscos que benefícios à saúde dos pacientes. Entre os perigos, estão problemas cardíacos e nervosos.

Devem participar da audiência parlamentares, médicos, especialistas e representantes da Anvisa, do Conselho Federal de Medicina (CFM), do Conselho Federal de Farmácia (CFF), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). Para acompanhar a sessão e enviar suas perguntas, clique aqui.
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) foi quem pediu que o assunto voltasse à pauta, pois há um projeto de lei em avaliação na mesma comissão que pretende retirar da Anvisa o poder de proibir medicamentos no Brasil.
Ao site da Câmara, a deputada afirmou: “Esperamos o balanço de um ano da aplicação dessa proibição para que possamos ter uma relação de equilíbrio no tratamento, sem ceder ao lobby dos laboratórios ou dos profissionais, nem à angústia dos portadores de obesidade”.
A decisão da Anvisa, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Paulo Giorelli, deixou cerca de 16 milhões de pessoas sem remédio.
De acordo com o Ministério da Saúde, 15,8% da população está obesa e 48,5%, com sobrepeso. O país é líder no uso de sibutramina e, até o ano passado, era um dos maiores consumidores de emagrecedores à base de anfetamina do mundo – com pouco mais da metade do volume total.


 Do G1, em São Paulo

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