O que acontece agora, já que o impeachment foi aprovado na Câmara?
Dilma pode ser
afastada temporariamente da presidência já no início de maio.
Agora que o pedido de impeachment foi aprovado na Câmara, o pedido segue
para votação no Senado. A previsão é que a votação por lá aconteça no dia 11 de
maio.
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| Agência Brasil |
A data foi estimada pela própria assessoria técnica do Senado.
Como diz a Lei do impeachment,
basta que a maioria simples (41 senadores de um total de 81) vote
a favor do impeachment para que o processo seja formalmente instaurado.
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| Roberto Stuckert Filho/PR |
Levantamentos do Estadão, Folha e UOL mostram que a
maioria dos senadores já se declarou pró-impeachment.
Se o impeachment for
aprovado no Senado, Dilma é afastada imediatamente do cargo por até 180 dias,
enquanto ocorrem as investigações.
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| Buda Mendes / Getty Images |
Depois deste prazo, no caso até seis meses, a presidente terá 20 dias
para apresentar sua defesa.
Durante este período, a
presidência do Brasil pode ser assumida interinamente pelo vice Michel Temer.
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| Evaristo Sa / AFP / Getty Images |
Inclusive, ele já mostrou ter muito interesse na posição em diversas
ocasiões. Em uma mensagem de voz enviada
recentemente para integrantes do PMDB, na qual fala como se já fosse
presidente, Temer afirmou que é preciso “um governo de salvação nacional” e que
o momento exige “reunificação” do país. O vice também tem tuitado como se
já estivesse prestes a assumir a presidência.
Depois disso o pedido vai
novamente à votação no plenário, onde desta vez dois terços dos senadores (54
de 81) teriam de se posicionar a favor para que o impeachment seja
definitivamente aprovado.
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| pstu.org.br |
Dependendo do resultado da votação, podemos dois cenários:
Dilma é absolvida e
reassume a presidência imediatamente; Michel Temer volta a ser vice-presidente.
Dilma é condenada e
proibida de exercer qualquer função pública por oito anos; Michel Temer assume
a presidência até o fim do mandato original de Dilma.
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| Andressa Anholete / AFP / Getty Images |
Foi isso que aconteceu com Itamar Franco por causa do impeachment de
Collor em 1992. Itamar era vice do presidente impedido.
Se Temer também for
afastado durante a primeira metade do mandato (no caso até o fim de 2016), serão convocadas novas eleições. Se
ele for afastado apenas a partir de 2017, as eleições serão indiretas.
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| Reprodução / Via Facebook |
Ou seja, apenas os membros do Congresso Nacional poderão votar nos
candidatos se Temer for afastado durante 2017 ou 2018.
De qualquer forma, o
próximo na linha de sucessão de Temer enquanto as novas eleições estiverem em
processo, é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
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| Evaristo Sa / AFP / Getty Images (BuzzFeed) |
Se Cunha também sair, seja por renúncia ou afastamento por impeachment,
quem assume é o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).








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