Dilma e Lula: à espera da foto histórica de impeachment

Imagem externa importa para biografia da presidente e futuro do antecessor
Blog do Kennedy
O governo tem conseguido transmitir para a comunidade internacional a mensagem de que é vítima de um golpe político-parlamentar. É nesse contexto que a presidente Dilma Rousseff decidiu viajar amanhã para Nova York a fim de se manifestar sobre o iminente impeachment em reunião da ONU (Organização das Nações Unidas) na sexta.
A votação na Câmara no domingo, quando os deputados não falaram de crime de responsabilidade ao aprovar o pedido de abertura de processo de impeachment, passou a imagem de uso do mecanismo para tirar do poder um governo impopular e sem apoio congressual. Esse é o recado que Dilma quer dar em Nova York.
O governo sabe que será difícil impedir a aprovação do impeachment no Senado, mas já faz uma disputa pela fotografia histórica da atual crise.
Isso é importante para a biografia de Dilma e na luta em curso no Senado, mas, sobretudo, para os planos futuros políticos e eleitorais do PT e do ex-presidente Lula. Se prevalecer a imagem de que houve golpe perante a comunidade internacional, a derrota de curto prazo poderá se transformar numa vitória política de médio e longo prazo.

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