PT entra na galhofa
A escolha do candidato do PSB a governador caiu no ridículo, na chafurdação.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse, ontem, que o partido ofereceu o nome do senador Humberto Costa porque, simplesmente, o PSB não tem candidato. Falou sem conhecimento de causa, como se os socialistas em Pernambuco estivessem reféns do ex-prefeito do Recife.
Que a procura do nome virou uma novela mexicana, daquelas que nunca têm fim, não há dúvidas. Mas o PSB tem bons quadros, como os que estão sendo colocados - Tadeu Alencar, Danilo Cabral e Zé Neto. Não filiado ao partido, o ex-ministro José Múcio Monteiro também chegou a ser ventilado e tem o apoio e a torcida declarada do ex-presidente Lula, que o nomeou para o Tribunal de Contas da União (TCU).
Zé Neto saiu de férias, volta ao batente na próxima segunda-feira, mas Tadeu e Danilo estão se movimentando como nunca. Tadeu falou no início da semana para um conglomerado do PIB pernambucano, mostrando que conhece como poucos a realidade econômica do Estado. Danilo, por sua vez, foi visto subindo e descendo morros no Recife ao lado do prefeito João Campos.
Indicativo de que é o candidato? Provavelmente não, mas de que tem o apoio do clã Campos, não há a menor dúvida. E os Campos, some-se o prestígio do prefeito à influência da poderosa viúva Renata, mandam e desmandam. E passará por eles, sem a menor dúvida, a palavra final da batida do martelo quanto ao candidato.
Longe disso, entretanto, não cabe ao PT ficar sacolejando o PDB com provocações tipo a de Gleisi. Sabe ela que não há a menor chance do aliado Humberto levar essa por falta de opções no reinado socialista, como sugere a chefona petista.
A insistência de Humberto - O senador Humberto Costa, aliás, voltou a tratar de sucessão e insistir no seu nome. Numa entrevista a uma emissora de rádio, ontem, foi mais do que explícito: "Meu nome está posto para concorrer ao Governo de Pernambuco. Sou o vereador mais votado da história do Recife, fui deputado estadual e federal, sou senador eleito e reeleito, fui secretário municipal e estadual e ministro da Saúde. Tenho experiência administrativa e trânsito político para tal. Numa possível vitória de Lula, Pernambuco só teria a ganhar com o meu nome. Tenho grande proximidade com ele."
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