Câmara dos deputados rejeita voto 'distritão', 267 votos contra

Proposta para alterar o sistema eleitoral do país articulada pelo presidente da Câmara foi rejeitada em plenário com folga de 57 votos

Numa votação que dividiu as bancadas tanto da base governista como do bloco de oposição, o plenário da Câmara dos Deputados barrou a implantação do chamado "distritão", que mudaria o sistema eleitoral brasileiro para pior. Foi a maior derrota desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), principal entusiasta da aprovação proposta, chegou à presidência da Casa.



No total, foram 267 votos contra o "distritão", que integra o pacote da minirreforma política em votação na Casa. Outros 210 parlamentares votaram a favor. Houve cinco abstenções. Para ser aprovada, a matéria precisava de pelo menos 308 votos.

A nomenclatura do "distritão" é autoexplicativa do tamanho do retrocesso que poderia ser aprovado: é o mesmo modelo adotado no Afeganistão. No "distritão", similar ao que o Brasil utilizava até a década de 1940, os deputados mais votados seriam eleitos, sem a existência de um quociente eleitoral. 

É um modelo que fortaleceria o personalismo nas urnas, enfraqueceria os partidos e encareceria as campanhas. O resultado poderia ser, por exemplo, um Congresso Nacional repleto de coronéis dos rincões do país e de figuras com forte apelo popular, como as celebridades de televisão - não por acaso, a emenda acabou batizada no plenário de "reforma Tiririca".

Antes, a Casa também derrubou propostas para mudar o atual sistema eleitoral para um modelo de voto distrital, voto distrital misto e as listas fechadas. Como nenhum deles prosperou, o sistema permanecerá inalterado.

(Veja.com)

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