Pizzolato deixa prisão e diz que processo foi mentiroso
O ex-diretor do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato, condenado por envolvimento no mensalão, foi
solto na tarde desta terça-feira, 28, após decisão da Justiça italiana.
Ele estava preso em Modena desde que fugiu do Brasil com passaporte
falso. Pizzolato criticou o processo do mensalão na saída. "Foi um
processo injusto, mentiroso, esconderam as provas. É lamentável que isso
acontece em pleno século 20."
Nesta terça, a Justiça da
Itália rejeitou o pedido do governo brasileiro para extraditar o
ex-diretor e decidiu colocá-lo em liberdade. O governo brasileiro já
informou vai recorrer da sentença.
Ao deixar a prisão,
Pizzolato afirmou: "Não sinto raiva de ninguém, sinto indiferença,
pena". Para ele, os meses em que passou na prisão em Modena foram
melhores que o tempo em que esteve solto no Brasil. "Eu estava preso na
minha casa. Aqui eu não estava preso. Nunca perdi o sono, tenho a
consciência tranquila."
Pizzolato disse que sequer
sabia que a presidente Dilma Rousseff havia sido reeleita e afirmou que o
processo do mensalão é injusto. "A Justiça da Itália é muito melhor que
a brasileira. Ela não se deixa levar pelo o que jornais ou televisões
veiculam."
O ex-diretor saiu da prisão
antes de sua mulher, Andrea, chegar para buscá-lo e andava sem destino
no estacionamento da prisão. Falando em italiano e em português, ele se
mostrou surpreendido com o fato de haver imprensa no local. "Eu não pedi
para vocês fazerem o seu trabalho." Assim que chegou, Andrea ameaçou o Estado, dizendo que chamaria a polícia.
Perguntado sobre o que gostaria de fazer agora, ele respondeu: "Pretendo dormir". (De O Estado de S.Paulo)
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