Lula disputa 2014 com Eduardo na vice, prevê colunista
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PORTAL BR247
Segundo
a colunista Dora Kramer, o ex-presidente Lula estaria alimentando a
onda em favor de Eduardo Campos, para depois voltar à disputa já na
próxima eleição presidencial, convidando o governador pernambucano para
ser seu vice. Luiz Inácio Lula da Silva é candidato a presidente já em
2014. E pretende ter como vice o governador pernambucano, Eduardo
Campos, do PSB. Quando ao PMDB, seria compensado com amplas fatias do
ministério. Leia a coluna:
Longe dos olhos
Dora Kramer
Os
votos das eleições municipais ainda estavam sendo apurados quando um
político, que além de governista é ministro, em conversa reservada
chamou atenção para o detalhe: "Vocês (jornalistas) não estão percebendo
a jogada".
Ele
se referia ao noticiário sobre a possível candidatura à Presidência da
República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, saudado como
liderança emergente na política nacional.
O
ministro falava mais especificamente da leitura que se faz do
afastamento de Campos do ex-presidente Lula e seu provável alinhamento
ao campo da oposição mais adiante, se a economia e os humores do
eleitorado criarem dificuldades para a reeleição da presidente Dilma
Rousseff. Segundo ele, não é assim que o panorama é visto em algumas
rodas de governo.
Nelas se conversa o seguinte: Lula estaria adorando e de alguma maneira até incentivando os festejos em torno de Eduardo Campos.
Quem
conhece bem os anseios e o modo de agir do ex-presidente aposta que o
plano dele é realmente tentar voltar ao Palácio do Planalto em 2014.
A
primazia é a recandidatura de Dilma que Lula, no entanto, não teria
dificuldade de afastar. Mas, ponderam os analistas palacianos, faria
isso muito melhor se tivesse uma boa justificativa. É aí que entra em
cena o fortalecimento da figura do governador.
Quanto mais viável ele se
apresentar como alternativa ao campo governista, mais argumentos Lula e
o PT terão para alegar que só a volta do ex-presidente seria capaz de
assegurar a vitória e a preservação do projeto de poder.
Nesse
caso, consideram aqueles autores, ofereceria o lugar de vice para o
pernambucano e reforçaria a presença do PMDB no Ministério como forma de
compensação. É o que vai acontecer? Não necessariamente, mas é o que os
observadores engajados no processo entendem que Lula engendra.
E
também o que alguns espectadores da oposição acham provável partindo do
princípio de que seria muito difícil Eduardo Campos, um situacionista,
mudar radicalmente o discurso para buscar votos na condição de
oposicionista.
Moto
próprio. O PT tem autonomia para aplicar seu estatuto como bem
entender. Nisso o presidente do partido, Rui Falcão, diz o óbvio ao
justificar a decisão de não punir os condenados pelo Supremo: "Quem
aplica o estatuto somos nós".
O
PT só não pode insistir em dizer que o partido não se confunde com os
crimes cometidos "por alguns" quando os protege alegando que a previsão
de expulsão para condenados "por crime infamante ou práticas
administrativas ilícitas" nesse caso "não se aplica".
A interpretação é
discricionária e casuística. Se de um lado evidencia uma unidade rara -
senão inexistente - em outros partidos, de outro elimina a possibilidade
de qualquer separação entre a ação de um grupo e o pensamento do
coletivo, neste aspecto representado pelo presidente. Com a agravante de
autorizar a conclusão de que para o PT as leis e regras não requerem
obediência irrestrita.
Dependem da conveniência.
Meia
volta. Se arrependimento matasse não sobraria um deputado federal do PT
para contar a história do acordo de rodízio na presidência da Câmara
firmado com o PMDB.
É
grande a inquietação na bancada, que não acha a menor graça em ficar de
fora do comando do Congresso, ainda mais em ano de sucessão.
Na
Câmara o acerto é em prol do líder pemedebista Henrique Eduardo Alves e
no Senado vale o critério da escolha de um representante do maior
partido. No caso, o PMDB.
Os
deputados petistas alegam que não foram ouvidos sobre o acordo, cujos
termos estão bem postos por escrito, assinados e devidamente guardados
na gaveta do vice-presidente Michel Temer.
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