O cavalo selado

Existe uma frase clássica na política (e na vida) que se aplica bem a um dos personagens que, certamente, protagonizarão a disputa eleitoral pernambucana em 2018: o ministro das Cidades, Bruno Araújo, que, no próximo domingo, volta a presidir o PSDB estadual. Diz a máxima: “Quando o cavalo passar selado, amigo, monte".
Depois de alguns anos na planície, uma passagem relâmpago pela Frente Popular, e a ascensão a um dos principais cargos do País, o ministro e deputado federal será alçado mais uma vez ao comando do tucanato pernambucano, praticamente como unanimidade. É ele quem vai sentar à mesa de negociação para definir os caminhos do PSDB no ano que vem.  
Em outras palavras, Bruno Araújo tem à sua frente o melhor cenário que um político pode almejar para uma disputa majoritária: o comando de um partido com grande representação, que o garantirá tempo de TV; capilaridade no interior com prefeituras estratégicas; e realizações do período que terá passado à frente de programas de enorme apelo popular, como o Minha Casa, Minha Vida.
Se optar por lançar-se na disputa majoritária Bruno pode ser um fato novo, é verdade. Se ganhar, entra para o hall dos grandes nomes da política do Estado. Por outro lado, se escolher a segurança da candidatura a deputado pode perder o bonde da história e condenar-se a um futuro de coadjuvante. No popular, o cavalo está passando selado, e ele não pode esperar muito.
OPOSIÇÃO – Um foco de oposição aos – se é que existem – planos majoritários do ministro Bruno Araújo está na dupla Elias e Betinho Gomes. Elias reivindicam um acordo do passado pelo qual ele revezaria a Presidência do PSDB-PE com Antônio Moraes. Acordo esse que foi quebrado, dizem, pela proximidade de Elias com o Palácio do Campo das Princesas. Resta aguardar como será o comportamento da dupla depois de domingo. Pesa contra eles ainda o acúmulo de derrotas eleitorais em Jaboatão e no Cabo, e a dificuldade de Betinho em renovar seu mandato.
NA TORCIDA – Já na torcida por Bruno Araújo o time é grande. Figuram nele os ex-governadores Joaquim Francisco e João Lyra Neto, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, o gestor de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira, entre outros prefeitos tucanos, além dos deputados estaduais e vereadores da legenda em todo o Estado. Melhor cenário fica difícil de se desenhar. À conferir, porém, o posicionamento do deputado federal Daniel Coelho, que tem defendido em “on” a unidade do partido.
QUESTIONAMENTO – Outro nome na bolsa de apostas da oposição para o Governo ou Senado, Armando Monteiro Neto questionou, durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Líder do PTB na Casa Alta, ele lembrou que há uma preocupação com a situação fiscal do País referente a cortes de investimentos. Armando, como Bruno, segue fazendo mistério sobre seu caminho em 2018.

Blog do Magno

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