ELEIÇÕES ESTADUAIS E FEDERAIS NO PERÍODO BOCA PRETA
Por Marcos Pontes
Depois da
nossa saga pelas eleições municipais, vamos dividir em duas
retrospectivas a história das eleições estaduais e nacionais em nosso
município. Nesta primeira etapa, vamos compreender o período em que o
AZUL esteve a frente da administração, com Jânio Arruda e Erivaldo
Araújo se revezando no comando da prefeitura. Em 1989, existiu apenas a
eleição presidencial, eleição esta que precisou de um 2º turno para
definir o vencedor e que foi a 1ª eleição direta depois do fim do regime
miltar em nosso país. Muitos foram os candidatos, mas apenas dois
poderiam chegar ao 2º turno. Então, Collor e Lula foram para essa
disputa, tendo sido eleito Fernando Collor de Melo para um mandato de
cinco anos, o último com esse tempo de duração. Em nosso município,
Collor também venceu com larga margem de vantagem e como todos sabem,
não chegou ao fim de seu mandato, sendo substituído pelo vice Itamar
Franco, o criador do Plano Real.
No ano
seguinte, em 1990, Joaquim Francisco era eleito governador de
Pernambuco, derrotando Jarbas Vasconcelos; no Senado, saiu-se vitorioso
Marco Maciel com uma pequena vantagem sobre Zé Queiroz. Para deputado
federal, os mais votados em nosso município foram Maviel Cavalcante e
Wilson Campos; e, para deputado estadual, Eduardo Araújo e Oséas Moraes
foram os mais votados e também eleitos.

O detalhe
deste pleito é que Jarbas Vasconcelos era CALABAR e Eduardo Araújo, pai
do atual deputado federal Bruno Araújo, era BOCA-PRETA. Essas são as
voltas que o mundo dá, mas que não foram as únicas como veremos adiante.
Nesta, portanto, o BOCA-PRETA fez barba, cabelo, bigode, como já tinha
feito elegendo Collor, pois o calabar votou Lula. Quatro anos depois, em
1994, Fernando Henrique Cardoso era eleito presidente da República
derrotando Lula; Miguel Arraes voltou ao governo de Pernambuco,
aplicando uma surra em José Múcio; para o Senado, foram eleitos Carlos
Wilson (agora contra Arraes) e Roberto Freire (que depois virou
adversário). Os mais votados por aqui foram FHC para presidente
(BOCA-PRETA), Arraes governador (CALABAR), e no senado Carlos Wilson
(agora BOCA-PRETA) e Armando Monteiro (CALABAR, mas que não se elegeu). A
eleição de deputado é um capítulo a parte, pois para federal o
BOCA-PRETA fez de Roberto Fontes o mais votado do município, enquanto o
atual governador de Pernambuco Eduardo Campos foi eleito também com os
votos do CALABAR.

Foto : Google , Eleições de Deputado de 1994.
Por
fim, a parte mais interessante: o CALABAR ajudou a reeleger o deputado
estadual Oséas Moraes, pai do atual deputado CALABAR Diogo Moraes, mas o
mais votado no município foi Jânio Arruda que, depois de um mandato a
frente da prefeitura, tentou eleger-se deputado estadual e ficou na 3ª
suplência, ficando a quase 2000 votos de ser eleito, mesmo com uma
"PASSEATA DA VITÓRIA" que foi realizada e depois virou motivo de chacota
e comemoração do CALABAR. Finalizando a época do AZUL, tivemos as
eleições de 1998, onde FHC foi reeleito para mais um mandato de
presidente, graças à instituição da reeleição, derrotando Lula de novo;
Jarbas Vanconcelos, agora adversário, derrotou Arraes, que tentava a
reeleição, por mais de um milhão de votos e ajudou a eleger para o
Senado José Jorge, que derrotou Humberto Costa. Para deputado federal, o
BOCA-PRETA ajudava a ajudar André de Paula pela 1ª vez, enquanto o
calabar ajudava a reeleger Eduardo Campos.
Por fim, na disputa para
deputado estadual, surgiu uma luz no fim do túnel para o CALABAR
acreditar que poderia vencer a eleição para prefeito em 2000, como de
fato aconteceu, pois o mais votado em nosso município foi Coronel
Rufino, candidato do AZUL, mas a soma dos dois candidatos apoiados pelo
VERMELHO, José Augusto Maia e Edson Vieira (na época CALABAR) e que não
foram eleitos, foi maior que a votação do Coronel Rufino. Também bem
votado foi Augustinho Rufino, na época apoiado por Gilson Carlos, Zé
Viola e outros amigos de forma independente, mas que subiu no palanque
CALABAR em 2000.
Esta foi a penúltima vitória do BOCA-PRETA, que
sentiriam o gosto da última vitória sobre o Calabar em 2002, com André
de Paula, como veremos na próxima. Até lá e um abraço.
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